terça-feira, 4 de novembro de 2008

Os Epitélios


Os epitélios são basicamente tecidos de revestimento e proteção do organismo. Eles recobrem todo corpo dos animais e forram internamente cavidades e canais de diferentes órgãos, nos quais desempenham inumeras funções: podem absorver alimentos, trocar gazes respiratórios, eliminar excretas, arrastar substâncias por meio de batimento ciliar, etc. Epitélios muito especializados podem perceber estímulos ambientais, tornando possíveis as reações adaptativas do animal, ou até mesmo produzir substâncias especiais.



Os epitélios não apresentam vascularização, apresentam dois pólos: um preso a uma membrana basal e o outro, livre.

As membranas plasmaticas das células epiteliais têm diferentes especializações, responsáveis pela sua capacidade de resistência ao atrito e as trações e pelas suas propriedades de absorção.


Os Tipos de Epitélios:


  • Pavimentoso
  • Endotélio
  • Cúbico
  • Prismático(cilíndrico)
  • Simples
  • Estratificado
  • Pseudo- estratificado
  • Transição(misto)
  • Protetor
  • Sensorial
  • Ciliado
  • Secretor(glandular)





A epiderme: um epitélio muito especial


A pele humana é um órgão que contribui em grande parte para a adaptação do organismo ao ambiente. Ela nos protege contra agentes mecânicos, químicos e biológicos, além de evitar uma excessiva perda de água. Apenas sua camada externa, a epiderme, é um epitélio, que recobre a derme.

A epiderme é um epitélio de várias camada celulares. A mais profunda, viva, o estrato germinativo, repõe as células mortas superficiais por meio de mitoses. A camada morta superficial, a camada córnea, é rica em queratina, uma proína que dá à pele uma certa resistência e impermeabilidade. A camada germinativa tem células especiais, os melanócitos, produtores de melanina, pigmento responsável pela cor da pele.

Duas glândulas da pele:

Células epidermais formam um longo tubo enrolado na profundidade da derme, constituindo uma glândula sudorípara, produtora de suor. Durante o processo da perda de líquido pela transpiração, as células das glândulas sudoíparas têm seus protoplasmas prservados, de modo que não necessitam de regeneração celular. Por isso fala-se em secreção merócrina(mero=parte, porção + crino=secreção).

Junto ao folículo piloso, o canal que abriga o pêlo, as células epidermais podem originar uma glândula seácea, é formada por alvéolos, esféricos, cujas células produzem uma secreção gordurosa, responsável pela lubrificação dos pêlos e da camada córnea. Nessas glândulas, a secreção implica a total desintegração do protoplasma, com a conseqüente morte das células. Fala-se, então, em secreção holócrina (holo=completa, total + crina=secreção), pois todas as células secretoras e seus restos se misturam à própria secreção.


As Glândulas


As glândulas originam-se de células epiteliais que se organizam, formando canais para eliminar suas secreções ( glandulas exócrinas), ou que se isolam do epitélio e, sem canais, lançam suas secreções, os hormônios, diretamente na corrente sangüínea. Estas últimas são as glândulas endócrinas, como a hipófise, as supra-renais, a tireóide.

As glândulas mamárias, da pele dos mamíferos, são do tipo tubulosa composta, formadas por conjuntos de túbolos que, na época da lactação, transformam suas extremidades em alvéolos secretores. Seu produto, o leite, é uma mistura de secreção com boa parte do protoplasma das células secretoras, que devem se regenerar para continuar a produção. Falamos, então, em glândula apócrina.


Tipos de Glândulas



  • Unicelular
  • Pluricelular
  • Tubulosa
  • Acinosa
  • Túbulo-acinosa
  • Merócrinas (écrinas)
  • Apócrinas
  • Holócrinas
  • Exócrinas
  • Endócrinas
  • Mistas


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